A proteção de dados é uma questão que se torna cada vez mais prioritária em todo o mundo. Neste ano de 2022, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, foram reportados múltiplos ataques cibernéticos a redes de satélites na Europa. Incidentes desse tipo fizeram com que grandes operações tivessem de ser interrompidas. Uma delas, por exemplo, foi a da Toyota.
Em um primeiro momento, incidentes como esses podem parecer distantes da realidade das empresas locais de diferentes portes. Porém, de acordo com um relatório da Verizon, em torno de 30% das ocorrências de violações de segurança são direcionadas aos pequenos negócios.
Além disso, há outro elemento que acentua a importância de se buscar a proteção de dados em 2022. Ela é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Em um cenário no qual dados são rapidamente coletados e estruturados rotineiramente nos negócios, é necessário assumir uma postura preventiva para tratar essas informações.
A LGPD veio para orientar e prescrever iniciativas para que isso seja feito em organizações públicas e privadas. Seu intuito é trazer mais transparência no uso dos dados e controle da solicitação à aplicação dessas informações.
Por tudo isso, se neste ano a sua empresa não se atentou à pauta da priorização na proteção de dados, é o momento de entender a sua importância. Em 2022, os riscos associados à falta de segurança poderão ser críticos para a sua organização.
Para compreender melhor esse cenário, continue a leitura. A seguir, saiba mais sobre porque a proteção de dados é um assunto tão relevante. Também, a como garantir a integridade das informações em sua empresa.
Qual é a importância da proteção de dados?
Atualmente, vivemos no que se pode chamar de era da economia de dados. Para as empresas, as informações compartilhadas por usuários, voluntariamente, são valiosas. No entanto, junto a isso, está a responsabilidade em se manter a segurança de informações pessoais coletadas e armazenadas.
Grandes organizações de tecnologia, como Google e Facebook, têm nos dados de seus usuários o maior diferencial para fornecer e inovar em seus serviços. E, no caso do Facebook, vimos recentemente escândalos de vazamento de dados. Estes, que levantaram a discussão sobre a forma como a coleta e a posse de dados é realizada.
Dados do relatório feito pela IBM em 2021 tratam justamente sobre isso. Segundo ele, os ataques a dados resultaram no maior custo em 17 anos com esse tipo de ocorrência. A estimativa é de que, em média, 4,24 milhões de dólares foram gastos a partir de tentativas ilegais de captura de dados sensíveis de organizações de diferentes portes.
Neste contexto, instituir políticas de boas práticas de proteção de dados é importante. Não somente para assegurar a credibilidade da empresa, mas para garantir o direito à autonomia de dados de terceiros. Por isso, normas e políticas de privacidade precisam ser reforçadas. Ou seja, atitudes precisam ser tomadas a fim de fazer com que esse direito seja respeitado.
Quais são os impactos da LGPD em relação à proteção de dados?
Antes da oficialização da LGPD, o processamento de dados de usuários realizado pelas empresas já estava em pauta.
Nos países da União Europeia, em 2018, tivemos a institucionalização da GDPR (General Data Protection Regulation). Este foi um marco importante para que a questão de proteção de dados fosse amparada pela criação de leis. Sobretudo em um contexto de digitalização crescente.
Dentre os parágrafos aprovados da GDPR, destacou-se a obrigação de que as companhias comunicassem às autoridades competentes incidentes de violação ou vazamento de dados. Com isso, caso a empresa não informe a quebra de proteção de dados, ela poderá ser notificada judicialmente. A partir disso, deverá arcar com multas que podem alcançar o valor de 20 milhões de euros.
Mesmo em se tratando de uma lei em vigência na União Europeia, sabemos que o mundo digital não tem fronteiras tão delineadas. Por conta disso, empresas que realizam ou pretendem conduzir negócios internacionalmente passaram a buscar maneiras de se adequar a práticas de proteção e transparência de dados.
A Lei Geral de Proteção de Dados foi oficialmente criada em 2018, inspirada na GDPR. Ela já gerou grandes impactos para organizações que lidam com a coleta e o tratamento de dados pessoais.
Um desses impactos em destaque nas empresas este ano é a dificuldade na centralização de dados. Afinal, com a proteção de dados exigida de forma autônoma, é preciso que informações internas e externas sejam manejadas em bases de dados independentes.
Outro grande impacto da LGPD está no maior controle na gerência de dados. Você certamente percebe opções de compartilhamento de cookies voltados para marketing em alguns sites. Isso é um resultado claro dessa mudança cultural e normativa. Ela permite que o usuário tenha controle sobre os dados que deseja compartilhar ou não com as organizações.
Quais são os riscos da falta de proteção de dados nas empresas?
Inicialmente, um dos riscos mais aparentes em relação à falta de proteção de dados está no impacto financeiro. Existem multas estabelecidas pela LGPD, que, no Brasil, podem chegar a até 2% do faturamento da empresa. Porém há também o prejuízo na própria segurança dos dados comprometidos.
Em casos mais extremos, é possível até mesmo que organizações sejam punidas. Estas punições passam pela suspensão temporária ou definitiva de seus serviços. O uso indevido ou a falha na proteção de dados representa, portanto, uma ameaça às operações da empresa.
No entanto, mesmo sem um cenário crítico de não cumprimento das normas, já vivemos em uma cultura na qual a reputação da marca está diretamente ligada também à sua política de proteção de dados.
Servidores que sofreram ataques cibernéticos exigiram que empresas tivessem de planejar e executar planos de contingência. Desta forma, puderam minimizar os danos causados pelos vazamentos, incluindo a perda de leads e clientes já fidelizados.
Este tipo de fator deve representar um risco cada vez mais acentuado para as empresas. Conforme um estudo da TRUSTe/NCSA, 92% dos clientes participantes afirmaram ter preocupações em relação à segurança e privacidade dos seus dados pessoais online.
Um dado semelhante foi obtido a partir do relatório do Chartered Institute of Marketing. Segundo ele, quase 60% das pessoas consultadas indicaram não confiar nas empresas para utilizarem seus dados de maneira responsável.
Desse modo, as organizações que não priorizarem a proteção de dados correm o risco de perder a sua atratividade. Junto a isso, perdem a credibilidade junto aos seus públicos de interesse. O impacto final é a redução da participação de mercado e sua lucratividade.
Como proteger dados nas empresas?
Para que sua empresa possa primar pelas boas práticas de proteção de dados, é preciso investir em soluções especializadas. Além disso, promover uma mudança cultural na organização.
Assim, o primeiro passo está em mapear os seus processos atuais. Com isso, analisar o que está sendo feito em relação a políticas de segurança da informação em sua companhia.
Como são coletados e armazenados dados de colaboradores, clientes e fornecedores? De que forma a sua empresa pode garantir a proteção de dados? Ou que os mesmos poderão ser disponibilizados facilmente caso o seu proprietário solicite?
Após a análise de questões como essas, é preciso eliminar as suas possíveis falhas para o cumprimento à LGPD. Claro, preferencialmente com o apoio de especialistas em segurança digital.
A partir disso, é fundamental atualizar algumas práticas e processos comuns em seu negócio. O uso de acordos contratuais em plataformas seguras com assinatura digital de contratos, por exemplo, pode eliminar a ameaça de fraudes e uso indevido de dados, contribuindo para elevar a proteção de dados e alinhar as suas práticas empresariais à Lei Geral de Proteção de Dados.
Nesse sentido, a tecnologia também pode auxiliar a sua empresa a manter o monitoramento e a revisão dos processos envolvendo o compartilhamento de dados. Assim, você pode antecipar falhas e, até mesmo, incluir planos de capacitação para que a sua equipe se adapte às normas da LGPD.
Esse tipo de iniciativa é especialmente relevante quando se considera que, de acordo com um levantamento, as ações humanas são as maiores causadoras de ciberataques. Pense, por exemplo, no nível de exposição dos dados na rotina de desenvolvimento e assinatura de contratos conduzida de modo manual.
Tais informações irão circular por diferentes mesas, setores e documentos. Também estarão expostas na hora da impressão, da coleta da assinatura internamente, do envio e recebimento do contrato pelas partes.
Com a digitalização desse procedimento, por meio de uma plataforma de assinatura de contratos, eliminam-se muitas vulnerabilidades, elevando consideravelmente a segurança em torno desse tipo de rotina.
Para compreender mais sobre como esse tipo de solução pode elevar a segurança e trazer outros benefícios, confira também nosso conteúdo explicando tudo sobre os motivos para utilizar uma plataforma de assinatura de contratos.